Café Alexandrino - O lado aromático da vida

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Biblioteca

Tenho livros que nunca li
-- e é provável que nunca os leia.
Outros que folheio
-- e é possível que...

Alguns li,
Poucos reli,
E há os que sempre visito.

Mas tu, papai,
-- precioso livro --,
-- enciclopédia minha --,
Li
Folheio
Reli
E sempre visito.

No seu
No meu
Mais profundo silêncio.

Leio
Folheio
Releio
Visito.

Toco a página,
(face singela)
Aspiro-a.
Suspiro.

Uma peça:
Crônica
Dramática
Poética.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Those sweet words ' - Norah Jones
Degustando Chá Mate Gelado






sexta-feira, 11 de março de 2016

Chuvinha

Pingo
Pingo
Pingo

Es-corre, corre, corre...

E vai lavando
A alma
Da terra vermelha
De chorar

Es-corre, corre, corre...

Chuá!

Abre a cratera
- veios, veias -
Circulação pluvial...
Endovial!

Mina d'água
Rego d'água

Es-corre, corre, corre...

Levando para longe
A poeira no semblante
A solidão pensante
E o gosto de sal.

Ismael Alexandrino

Ao som de sapos e gias
Degustando Negresco

domingo, 3 de janeiro de 2016

DAI-me hoje

Lembro do Rubem
Da pipa
Da flor.

Da liberdade
Que apreende.

Faz bem
(Suspiros!)
Sem dor.

O que me encanta,
Menina,
-- apesar dos cabelos --,
Da pele,
Do dedinho torto,
Das belas mãos...

Não é a beleza.

São os olhos.

Ismael Alexandrino

Ao som de Sabiás
Degustando Ameixas Geladas