Café Alexandrino - O lado aromático da vida

domingo, 18 de janeiro de 2015

Como nasce um feriado num país de bandidos

Direitos humanos é para quem é humano. Não para os desumanos, escrotos, delinquentes, destruidores de famílias.

Marginal não tem nação, não tem civismo, não tem civilidade, não tem humanidade.  

E justificativas pseudopiedosas de que só Deus pode tirar a vida é balela para boi dormir. Se quem defende essa tese tivesse a filha aliciada, estuprada e morta, certamente pensaria duas vezes antes de adotar um discurso politicamente correto.

O "politicamente correto" - não raro! - me enoja. Pois na maioria das vezes é falso, travestido de uma piedade sacrossanta que nunca existiu, que tenta sustentar uma imagem de candura.

Bandido é bandido, sem distinção. Ter dó da família do bandido pelo sofrimento causado por ele é compaixão. Ter dó do bandido é falsidade. Compaixão e falsidade são inatos do ser humano. Ambos compreensíveis. O primeiro, admirável. O segundo, repugnante.

Mas a prova dos nove é fácil de ser tirada: você quereria viver com um deliquente sabidamente delinquente no seu dia-a-dia? Não precisa responder; apenas durma caladinho fingindo uma não falsidade velada.

17 de janeiro de 2015 ficará marcado como o dia em que um traficante nascido no Brasil foi executado (e não assassinado) na Indonésia. Um dia de pedidos de clemência por gente que não trata seus empregados sequer com dignidade, quanto mais com compaixão. 

17 de janeiro de 2015: o dia de exaltação da falsidade. Vou além: O Dia Nacional do Orgulho da Bandidagem.

Bandeira a meio-pau, três dias de luto, e mais um feriado nacional por Decreto Presidencial.

Ismael Alexandrino