Café Alexandrino - O lado aromático da vida

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Pesares do Velho Mundo

Poesia



Vem cá, deixe-me te fazer um afago.
Talvez isto, por simplório que seja,
Possa curar-te desses dias sórdidos
Que te encontras afundada
E que te tornas perplexa,
Desprovida da apreciável paciência.

Tu te enrolas toda
Com teus pensamentos
Com teus desalentos
Com a língua
Que tantas vezes desenrolei,
E desencantas do encanto velado
Guardado a sete chaves
– que sei que possuis –,
Mas, que há algum tempo, não usas.
Deveras lamento por ti.

Em que leito adormeceste
Teu sorriso espontâneo?
Leito de morte?
Leito de sorte?
Morre quem se entrega
À própria sorte!
Morres sem perceber.

Talvez te reste algum alento
Nesse marasmo do dia-a-dia
Que tentas, a todo custo, esconder.
Saibas, porém, que o preço é alto
E o fardo mais pesado que um quilo de pão,
Mas, divinamente, podes, ainda,
Encontrar suavidade e leveza.
Precisas, antes, conhecer a misericórdia
Entregar-se a ela
E voltar, sem culpa,
Para o teu berço esplêndido.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Not Myself' - John Mayer
Degustando Uva Verde
Imagem:'Chuva de Prata' - Adorian Figueiredo

Enquanto os galhos dormem

Poesia

É indelével este teu sabor
Que dizes no meu pé do ouvido
Ao cair sorrateiro da noite.
Por vezes, pensei que fosse efêmero,
Mas nada tão fugaz quanto
Este meu pensamento incalculado.

Gosto de poder roçar
As tuas rosadas e úmidas papilas
Olhando tuas enegrecidas pupilas
Que se perdem num mar esverdeado.
Ah! ... Quanta poesia eu vejo!
Quanto sabor eu sinto!
Não sabes como viajo
Quando me tragas
Com estes teus lábios carnudos.
Creio que percebes
A fumaça que sobe faceira
Rodopiando em volúpias
Por longo, e longo tempo.

Aí, bem sabes, é o nosso tempo
De não darmos tempo,
Pois tempo que és,
Mesmo longo, foge como o instante
Que não mais existe.
E, crentes disto,
Corremos atrás do tempo perdido,
Ficamos sem fôlego
Corremos
Rápidos
Corremos
Animados
Corremos
Alegres
Corremos
Corremos!
Caímos estatelados
Entorpecidos
Inebriados
Sem força
Entregues...
E dormimos.

A noite – abraçada conosco –
Passa mansa acenando-nos
Para um enclarecer fresco
Amaciado por lençóis claros
Ao som de pássaros raros
Em meio a flores-de-lis
Lírios, gérberas, azaléias,
Flores do campo, bonsai,
Seixos brancos e marrons,
E um peculiar cheiro de menta
Sorrindo para mim.

Bom dia!
Amo-te apaixonadamente.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Bom dia' - Elisa Queiroga
Degustando Capuccino de Chocolate
Imagem:'Cachinho florido' - Sérgio Moscato

terça-feira, 24 de abril de 2007

Terapia do riso

Humor


Quando sorrir é a última coisa que se pensa em fazer, rir bastante pode ser o primeiro bom remédio.

Aberta a temporada do riso!

Desligue a Rádio do Café na barra lateral à direita, clique em "play" no vídeo abaixo, e arrebente a veia do risador. Solte toda carranca que só você tem, e que consome sua saúde e sua alma. Aqui e agora. Here and now.

Let's go, people!




Ao som de gargalhadas
Degustando Chá de Cogumelo

Imagem:'The Hole' - Video powered by Metacafe

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Não esqueço a minha Calói

Crônica


Esforço-me para encontrá-la. Há anos que... Sei que está sob pilhas de minha infância. Mas, neste momento, aproveito o feriado e o dia prensado para removê-la de escombros.

Lembro-me que foi a única que tive. Talvez esteja desbotada. Ferrugem, com certeza. Àquela época, década de 70, era a bicicleta de vitrine: a Calói. Ganhei aos 11 anos. Presente de aniversário. 19 de janeiro de 1975.

Embora limitado à rua de casa, pois os olhos de minha mãe impediam que eu virasse a esquina, fui feliz sobre os pedais de minha Calói. Apesar de quedas, joelhos ralados e cotovelos crecados, aquela cor (vermelha) me ocupava de felicidade; o aro niquelado fazia-me vencedor de limites. A fragilidade já havia ido. Perdi-a ao receber minha bicicleta. Era a minha "Bibi".

Enquanto removo pilhas e pilhas de minha infância, a curiosidade em tê-la novamente vai me metamorfoseando. Vejo-me mais ágil, a visão –- mesmo com a escuridão deste porão –- está jovem definitivamente. Vou fugindo do agora e talvez nem queira voltar, caso suba e dê algumas pedaladas.

Enfim, tirei uma bola amarela. Afastei um dominó. Com cuidado, pus o gamão num cantinho próximo do xadrez. Achei meus dois dadinhos (já não muito branquinhos, mas com os números ainda bem acesos). Com riso largo, joguei os dois à minha frente. Quatro e cinco. Nove pontos. Nada mal. Quando fui colocá-los dentro de uma caixinha cinza, quanta felicidade! Meu Deus! Caro leitor, achei minha "Bibi".

-- Você se lembra de mim? Sou eu, aquele menino que ...

E voltei-me a lembranças tão próximas. Parece que a roupa sobre o corpo estava enorme em mim, levando-me ao cuidado de não tropeçar nos pés da calça. Ela, enfim, me reconheceu. Abruptamente, subi e comecei a pedalar. A rua estava nítida aos meus olhos.

-- Vamos virar a esquina?

-- Você é louca? Não está vendo minha mãe em vigília. Ela não tira os olhos de nós.

-- Vamos! Nunca fizemos isso!

-- Está bem! Só uma vez.

E a volta do porão de minha infância, de minha felicidade durou o restinho do dia prensado. Não! Não mesmo! Jamais esqueci a minha Calói. Nunca esqueci que fui feliz. E nem ferrugem havia. Estava realmente como antes. Nas recordações... nas boas recordações, temos sempre o cuidado de conservar com aquela solução de aldeído fórmico em água, ou seja, formol.

Edvaldo Ferreira



Ao som de 'Aquarela' - Toquinho
Degustando Algodão Doce
Imagem:'Cristian e a Bike' - Felipe Conquista


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dialética do amor maior

Poesia

Quero-te.
Não te quero.

Não te quero
Desde que te tenha.
Quero-te
Quando não a tiver.

Se o querer
For de conjugação à distância
Por vicissitudes da modernidade,
Não te quero nunca.

Mas, se o não te querer
For verbo que se conjuga de ímpeto
Por intrigas comuns da proximidade,
Quero-te como quero a vida.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Have I told you lately that I' - Rod Stewart
Degustando Johnnie Walker Black Label
Imagem:'Pensamentos' - Babi

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Contrição

Poesia


Por favor, menina,
Suporta meus erros
Primários, ignóbeis
Que teimam (insanos)
Com mesmo discurso
Retórico, vago
Converter-te dessas
Minhas egoístas
Idiossincrasias.

Por favor, mocinha,
Não mais me relegue
Ao escuro limbo
Da minha soberba
Mente – insensível
Às suas fraquezas –
Que nem são tão tantas.

Por favor, pequena,
Humilho-me sim,
Sem quaisquer escrúpulos,
Mas nunca me deixe
Por este caminho.

Por favor, amada,
Abre-me teus braços
Confortavelmente...

Peço-te perdão.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Sailing' - Rod Stewart
Degustando Chá de Maçã com Canela
Imagem:'Carinhosamente...' - Geisa

As Escrituras: o Caminho

Curtas

Considero as Escrituras, porque é a fonte mais abundante da verdade, e que deve permanecer aberta a todas as pessoas, para que dela tirem a pureza da moralidade e da doutrina, para destruir inteiramente os erros que se espalham tão rapidamente nestes tempos corruptos.

Isaac Newton


Ao som de 'Let it be" - John Lennon
Degustando Chocolate ao leite

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Recifeliz(mente)

Poesia

Recife, Recife... como é bela!
Poderia ser mais.

Já crescidinha e independente,
– De praias naturalmente lindas,
De areias humanamente sujas,
De mangues impressionantemente vivos,
De rios lamentavelmente mortos –
É uma donzela se prostituindo,
Se sujando em bac(anais).

Sorri triste, e pede socorro,
Já não consegue esconder seus ais.
Pois sobrevive a alto preço,
Enganando a tudo e todos,
Inclusive os seus próprios pais,
Que brincam felizes, coitados,
Nos frevos, maracatus e carnavais.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'A new sunrise' - Nate Wingfield
Degustando Sorvete de Flocos com Calda de Tangerina
Imagem:'Calor Pernambucano' - Jocope

domingo, 8 de abril de 2007

Feriado em casa

Curtas

Para que passar horas e horas no saguão de um aeroporto vendo seu feriado ir embora enquanto você espera por um embarque que não vai acontecer nunca? Chega de ficar na mão dos controladores de vôo. Passe a Semana Santa em casa!

Primeiro dia: Excursão à Portaria!!
Sua família não pode deixar de conhecer de perto o habitat onde os porteiros vivem. As crianças vão adorar brincar com o interfone e dar alpiste para canário do porteiro. Aproveite para bisbilhotar a correspondência dos outros e falar mal do síndico.

Segundo dia: Na balada!
Não deixe de participar de uma animada reunião de condomínio! Você não imagina o que seus vizinhos são capazes de fazer para defender suas idéias. Tarde livre para troca de desaforos e sopapos.

Último dia: Escalada Radical!
Leve seus diabinhos para conhecer o telhado do prédio. Eles vão se divertir quebrando telhas e atirando bolinhas de papel higiênico molhado na cabeça de quem estiver na portaria.

Temos também pacotes especiais para a terceira idade com visitas guiadas ao closet e a cochilos no sofá da sala. Ligue djá!

Cláudio Paiva, da Revista O Globo


Ao som de 'Sunday Serenade' - Kenny Blake
Degustando Água de Coco Gelada

Acabe

Curtas

Lula anuncia o fim da crise aérea sem dar a solução? Que lindo! A crise aérea vai acabar por decreto presidencial. Fica aqui determinado que a crise aérea acabou. PT. Saudações.

Rosana Hermann, do Querido Leitor


Ao som de 'Flow' - Lao Tizer
Degustando Creme Dental Menta

Alongamento

Curtas

Estiquei até a alma na aula de Pilates. Doeu. Cansou. Mas foi bom pra mim.
Alongar é essencial. A vida é curta, a ação do tempo nos encurta.
Então, alongue-se muito e... curta.

Rosana Hermann, do Querido Leitor

Ao som de 'Kymaera' - Rosina
Degustando Suco de Uva

Assim na terra como no céu

Curtas

Sempre que a oposição em Brasília tenta instaurar a CPI do apagão aéreo, o pessoal do PT em SP tenta instaurar a CPI do metrô. Fica essa troquinha de chantagem:

- Se mexer com meu avião, eu enfio o dedo no teu buraco.
- Aé? Se você tentar me levar pro buraco, eu te mando pelos ares.
- É guerra? Se eu for pro céu, você vai pra debaixo da terra.
- Vamos combinar uma coisa: se eu tirar a tua CPI do ar...
- Eu enterro a tua CPI. Combinado?
- Fechado. Vamos comer uma pizza?
- Você paga.
- Não, você paga.
- Vai começar de novo?

Em outras palavras: telhado de vidro é telhado de vidro. Assim na terra como no céu.

Sílvio Lach, do Jornal do Brasil


Ao som de 'Georgia on my mind' - Gerald Albright
Degustando Misto Quente com Suco de Uva

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Vendo minha felicidade

Crônica

Sempre gostei muito de andar de bicicleta. Já tive várias. Algumas, bonitas. Outras, funcionais. A primeira, lembro bem, era verde-folha, bem pequena, mas já sem as rodinhas laterais. Custou-me aprender domá-la. Valeu-me os dois joelhos esfolados. Foi o preço que paguei por aprender andar sozinho, sem que ninguém soubesse que eu já sabia. Aliás, acho que por isso que tenho tanto apreço pela bicicleta, ela sempre me foi companheira nos momentos de solidão, desde nosso primeiro contato.

Mamãe havia viajado, papai saído para o trabalho, e minha babá não era muito afim de me ensinar essa prática de liberdade. Sim, porque andar de bicicleta é exercer a liberdade. Sentir o vento frio da montanha, a brisa do mar, parar para contemplar o sol acenar que já está indo dormir, parar para ver o luar, não parar. Tudo isso, não é outra coisa, senão uma gostosa liberdade, bastando, para tê-la, somente, querer.

Quando mamãe voltou da viagem e o papai do trabalho, eu já estava lá, perito em equilibrar em cima da magrela. Machucado, é verdade, mas feliz. Descobri que, ao buscar a felicidade, às vezes, nos machucamos. E é verdade, acreditem.

Minha relação com a bicicleta é recheada de contentamento. Já foi de amor, aquele bem racional, comedido, e também já foi de paixão desvairada, arrebatadora. Sempre muito profícua. Mas nunca de ódio. Odeio é ter de ficar longe dela por muito tempo.

Agora, por exemplo, eu não queria fazer dez horas seguidas de trilha como já fiz, nem pedalar cem quilômetros ininterruptos no asfalto. Queria mesmo era montar numa daquelas mais clássicas, estilo retrô, vintage mesmo, e pedalar despreocupadamente às margens de um rio suíço, na encosta de uma montanha, sob um sol ameno, num vento cortante, protegido com luvas de lã, respirando cheiro de flores no caminho.

Mas ela está à venda. Fará companhia para sempre a outro que, com certeza, não a cuidará como sempre cuidei. Será usada sem carinho, será usada sem compaixão. Será usada, tão somente. Nunca mais será amada como a amei. Não poderei viver ao lado dessa menina esbelta e morena que só me trouxe felicidade.

Digam aos demais, por favor, que a estou trocando por um pedaço de pão. Se não posso mais viver, preciso alimentar o outro que sobreviverá em mim. Pelo menos, até que eu chegue um dia, quem sabe, numa encosta à margem de um rio e a encontre -- novamente, sorrindo para mim -- me esperando para passearmos livremente, e felizes, pregados na mão.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Paciência' - Lenine
Degustando Chá de Menta com Pingos de Chocolate
Imagem:'Pelo caminho' - Alain Filliol

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Goianidade

Poesia


Trago, lá do cerrado,
Certa poeira no semblante,
Que me protege do sol tropical.
Do miolo da terra verde-loura,
Extraí água cristalina e abundante
Que refresca minha goela
E lava meu suor à medida
Que luto e labuto
Tentando vencer noutras terras
De refinada beleza e valor.
Carrego no meu fardo uma matula
De arroz branco e feijão tropeiro
– que me sustém na viagem –,
Uma conserva de pequi bem maduro
– que me lembra do sabor de mato
que, um dia, meu manso regato
mansamente comeu.

Trago, lá do cerrado amado,
A imagem de um fim de tarde vagaroso
Abraçado nos arbustos retorcidos,
Musicado por sabiás e bem-te-vis
Pousados nas paineiras,
Por perdizes e o jaó
Pousados no chão,
Refrescado por aquele ribeirão
Sem pressa de desaguar na escuridão da noite
– hora que o caboclo acende o candeeiro,
reúne a família, chama os cachorros,
e canta sua história abraçado a um violão.

Trago, lá do meu cerrado amado,
Alguns versos
livres
.............[de métrica
simples
.............[de pai
afetivos
.............[de mãe
ricos
.............[de saudade.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Um violeiro toca' - Almir Sater
Degustando Pão de Queijo com Suco de Caju
Imagem:'Amanhã eu volto' - Oldair

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Para a frente, Brasil

Crônica


Viva! Trocaram de termômetro e o doente melhorou. Usando uma nova metodologia, o IBGE descobriu que, em 2006, crescemos 3,7% -- e não 2,9%.

Muito bom, mas ainda continuamos a ocupar os últimos lugares na América Latina.

As boas notícias sempre vêm acompanhadas de maus presságios. Neste caso, tivemos dois. O primeiro nos conclama para uma grande dose de cautela antes de comemorar a nova descoberta.

Sim, porque nesse maior PIB teve grande peso a incorporação da Cofins nos preços dos bens e serviços e o crescimento dos gastos do governo. Melhor seria se o resultado tivesse decorrido de um aumento efetivo da produção de bens do setor privado e de um encolhimento da burocracia e das despesas públicas. Em 2006, o crescimento da indústria de transformação foi de apenas 1,6%.

O segundo nos informa que a taxa de investimentos produtivos do Brasil em 2006 (16,8%) foi bem menor do que os 20% ou 21% que se alardeava até então, que, aliás, já eram insuficientes para o tamanho e as necessidades do país.

A combinação dessas duas notícias mais preocupa do que alegra. Com investimentos reduzidos, pouco se pode esperar em termos de um crescimento sustentado e de uma grande geração de empregos para os próximos anos.

Pior. Se o consumo continuar crescendo -- o que é bom -- por força de injeções assistencialistas de dinheiro público no bolso dos consumidores -- o que é ruim --, vamos nos defrontar com um dilema conhecido e já vivido pelo Brasil: a oferta será insuficiente para atender a demanda.

Todos sabem as conseqüências desse desequilíbrio: inflação, agiotagem, sonegação de produtos e outras práticas abomináveis, das quais, a duras penas, conseguimos nos livrar nos últimos dez anos.

Nesse caso, o Banco Central terá todos os motivos para manter os juros altos ou, quem sabe, até elevá-los, dando um sonoro adeus ao desejado crescimento.

Essa é a leitura que faço do novo termômetro. É como a criança raquítica -não havia como engordar- que, colocada em nova balança, alegra os pais por mostrar mais uns quilinhos. Porém, ao encontrar o médico, os pais ficam sabendo que a capacidade respiratória da criança está aquém de suas necessidades, o que comprometerá o seu crescimento futuro.

Seria bom se, em lugar de festejar a troca de termômetros, estivéssemos comemorando a realização efetiva (e não promessas) de investimentos produtivos. Essa noticia será bem melhor do que a revelada pelo novo termômetro.

Antônio Ermírio de Moraes


Ao som de 'Simplesmente' - Bebel Gilberto
Degustando Tinto Seco com Queijo Roquefort
Imagem:'Copacabana in colors' - Flávio Moura