Redação Dissertativa
A mídia já veiculou várias matérias referentes à violência dentro dos estádios de futebol, esclarecendo que, se nesses locais houvesse maior segurança e reinasse a paz, os clubes poderiam lucrar quase 50% a mais do valor atual, sem falar que muitas famílias que só não freqüentam tais ambientes por medo dos inúmeros atos violentos que assumiram a cotidianidade do normal poderiam ali encontrar um entretenimento.
E ontem, em plena Copa do Mundo, quando se espera o mínimo de respeito, quer por quem joga, quer pelos torcedores e telespectadores, Portugal e Holanda deram um "show"... De pancadaria.
Pensando nesse tema de suma importância, resolvemos elaborar uma redação dissertativa acerca da intrigante questão: o esporte, e enfaticamente o futebol, contribui para desenvolver a amizade ou a rivalidade entre os povos?
O esporte, desde os tempos clássicos, sempre teve como escopo o congraçamento entre os povos. Nutrir uma mente sã num corpo sadio era notável ideário que contribuía para o melhoramento das raças (ou de uma única raça, a humana, como preferem alguns) e união de todos. Contudo, hodiernamente, se assiste a competições esportivas que têm propiciado um triste clima de violência, quer por desavenças partidárias, quer por intrigas políticas, quer por picuinhas pessoais.
Nesse sentido, vive-se a época da banalização da violência. No decorrer de eventos internacionais, por exemplo, é comum o confronto hostil dos atletas que guardam sentimento de rivalidade pelos mais variegados motivos. Parece estar em jogo a superioridade econômica ou histórica dessas nações.
Mas não apenas em nível mundial se torna evidente essa disputa inferior e antiesportiva. O mesmo espírito de guerra é encontrado entre os pequenos e grandes clubes nacionais. Ninguém desconhece o fenômeno das torcidas organizadas, verdadeiramente beligerantes dentro e fora dos campos de competição.
Ultimamente, esse espírito agressivo filiou-se ao esporte de modo regional e universal. Não raro, aqui e acolá eclode uma contenda entre jogadores ou torcedores ou, ainda, entre ambos. A brutalidade, a estupidez e a incivilidade ganham proporções absurdas, de tal sorte que os mais exaltados, muitas vezes, são presos ou mesmo mortos a pauladas e a tiros.
A contrario sensu, é relevante que se registre o fato de que o exercício do esporte também propicia momentos "harmoniosos" e de relativa paz. Recentemente, em 2003, palestinos e israelenses compartilharam juntos (pasmem!) do jogo "Brasil versus Inglaterra" em considerável tranqüilidade; entretanto, é bem verdade que, após este, cessou-se a calmaria, a concórdia.
É deveras lamentável, pois, que um ideal inicialmente tão nobre inverta-se em páginas de violência e crônicas policiais. Quando não domina a emoção, o homem é capaz de regredir ao nível dos irracionais. E, nesse calor, queima-se toda razão e fenecem os ideais mais salutares.
E ontem, em plena Copa do Mundo, quando se espera o mínimo de respeito, quer por quem joga, quer pelos torcedores e telespectadores, Portugal e Holanda deram um "show"... De pancadaria.
Pensando nesse tema de suma importância, resolvemos elaborar uma redação dissertativa acerca da intrigante questão: o esporte, e enfaticamente o futebol, contribui para desenvolver a amizade ou a rivalidade entre os povos?
O esporte, desde os tempos clássicos, sempre teve como escopo o congraçamento entre os povos. Nutrir uma mente sã num corpo sadio era notável ideário que contribuía para o melhoramento das raças (ou de uma única raça, a humana, como preferem alguns) e união de todos. Contudo, hodiernamente, se assiste a competições esportivas que têm propiciado um triste clima de violência, quer por desavenças partidárias, quer por intrigas políticas, quer por picuinhas pessoais.
Nesse sentido, vive-se a época da banalização da violência. No decorrer de eventos internacionais, por exemplo, é comum o confronto hostil dos atletas que guardam sentimento de rivalidade pelos mais variegados motivos. Parece estar em jogo a superioridade econômica ou histórica dessas nações.
Mas não apenas em nível mundial se torna evidente essa disputa inferior e antiesportiva. O mesmo espírito de guerra é encontrado entre os pequenos e grandes clubes nacionais. Ninguém desconhece o fenômeno das torcidas organizadas, verdadeiramente beligerantes dentro e fora dos campos de competição.
Ultimamente, esse espírito agressivo filiou-se ao esporte de modo regional e universal. Não raro, aqui e acolá eclode uma contenda entre jogadores ou torcedores ou, ainda, entre ambos. A brutalidade, a estupidez e a incivilidade ganham proporções absurdas, de tal sorte que os mais exaltados, muitas vezes, são presos ou mesmo mortos a pauladas e a tiros.
A contrario sensu, é relevante que se registre o fato de que o exercício do esporte também propicia momentos "harmoniosos" e de relativa paz. Recentemente, em 2003, palestinos e israelenses compartilharam juntos (pasmem!) do jogo "Brasil versus Inglaterra" em considerável tranqüilidade; entretanto, é bem verdade que, após este, cessou-se a calmaria, a concórdia.
É deveras lamentável, pois, que um ideal inicialmente tão nobre inverta-se em páginas de violência e crônicas policiais. Quando não domina a emoção, o homem é capaz de regredir ao nível dos irracionais. E, nesse calor, queima-se toda razão e fenecem os ideais mais salutares.
Yuri Monteiro Brandão
[2] Yuri Monteiro Brandão, aos 22 anos, está acadêmico do 4º ano de Direito da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), estudante de Filosofia e Línguas (latim, grego e italiano) do Seminário da Arquidiocese de Maceió, ex-secretário de finanças do Diretório Central dos Estudantes Zumbi dos Palmares, ex-monitor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Impacto Curso, tradicional curso pré-vestibular da capital alagoana, ex-trainee jurídico por Motta e Soares Advocacia & Consultoria, ex-colunista do jornal Primeira Edição e colunista do "O Jornal". É também parceiro do "Amigos do Livro", do Grupo Editorial Scortecci, e colaborador do site Releituras, seção "Novos Escritores".
Ao som de 'É uma partida de futebol' - Skank
Degustando Chá Mate com Rosquinha Frita
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