Café Alexandrino - O lado aromático da vida

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Vácuo

Poesia

Alma máter
  Que nos grita
      suas dores
          seus ais.

E numa epifania
Cria realidades
Quase inatingíveis
Impensáveis.

São estrelas
Em um grande coral estratosférico!
Ou mergulhadas num magma amorfo,
incandescente e cheio de possibilidades.

Pouco sei.
Mas, vácuo que sou,
Me transformo no possível,
Foco o impossível.

E alcanço a transcendência.

Ismael Alexandrino


ps.: Inhotim-MG, 03/07/18

Ao som de 'Requiem' - Wolfgang Amadeus Mozart
Degustando Tâmaras

domingo, 12 de abril de 2020

Madrugada


Sabe, moça,
Não sei dos nossos caminhos, 
Talvez vizinhos,
Nem dos espinhos,
Se existirão.
Mas sei que parece doce e terno. 
É algo sutil, transgressor até.
Um tanto quanto laico,
Algo profano.
Não chega a ser insano,
Posto que não há ternura insana.
Se me chama, e eu vou,
Pode ser que venhamos a ser
Mais do que dois.
E se é, pois,
Algum atrevimento corteja-la,
Desculpe-me, de antemão,
Por eu ter arriscado
Um olhar
Uma prosa
Um beijo
Um aperto
Na beirada do coração.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Sailing' - Rod Stewart
Degustando Caquí