Café Alexandrino - O lado aromático da vida

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Escolhas

Reflexão

À medida que o tempo vai passando, a idade chegando... percebemos que o tempo é aliado, deste modo não pode ser desperdiçado. A sabedoria está nas escolhas...

1. Escolhi visitar sempre meus pais, porque não neste mundo ninguém que me ame mais do que eles. Preciso aproveitar este amor e retribuir.
2. Escolhi não esperar o elevador – cara, odeio ficar olhando para o nada!
3. Escolhi não atender o telemarketing. Gasto o tempo deles e o meu!
4. Escolhi dirigir com calma, mesmo quando estiver atrasada. Pode chegar tarde, mas chegarei mais feliz...
5. Escolhi fazer o que realmente gosto, mas quando for inevitável, tentar aproveitar mesmo quando estou fazendo algo que odeio;
6. Escolhi ser “otária”, ser honesta: não vou ganhar todas, não vou conseguir tudo, mas quando conseguir, não preciso ter medo de perder, porque sei que sou capaz de fazer de novo;
7. Escolhi aceitar elogios;
8. Escolhi filtrar queixas, reclamações e críticas;
9. Escolhi, em alguns momentos ser cega, surda, muda e paralítica:

i. Tem coisas que a gente não precisa ver;
ii. Tem coisas que a gente não precisa ouvir;
iii. Coisas que a gente não deve falar;
iv. E outras, pelas quais, você não deve se mexer.

10. Escolhi o conhecimento, o aprendizado – sem pressa, sem fome, com constância!
11. Escolhi não sair do banho porque o telefone está tocando!
12. Escolhi não atender a porta de toalha;
13. Escolhi fazer da internet lazer e não vício. Se sair do ar... Não vou ter crise de abstinência!
14. Escolhi não me deixar dominar pelo bliiig do msn. Só falo no meu tempo.
15. Escolhi rir, rir muito, rir sempre – mas se não rolar, não vou ter vergonha de chorar, chorar até cansar, até sentir que meus olhos estão com jeito de personagem de desenho animado, e minha alma desidratada!
16. Escolhi ser mãe: eternizar o tempo e a falta dele. Essa é a única verdade absoluta deste texto!

E por fim, escolhi este tema, porque não houve jeito de pensar em nada melhor!!!

Gláucia Taricano


Ao som de 'Aquele abraço' - João Gilberto
Degustando Suco de Laranja
Imagem: 'Caminhos' - Rafael Pires

terça-feira, 13 de maio de 2008

Gláucia Taricano no Café Alexandrino

Apresentação
Queridos amigos e leitores,

É com muita alegria que mantenho este blog. E é com mais alegria ainda que agrego pessoas queridas, textos dos quais gosto, gente que escreve e que admiro por algum motivo especial.

Neste sentido, tenho prazer enorme em informá-los que a Gláucia Taricano escreverá neste blog toda 2ª e 4ª quintas-feiras do mês. Ou seja, na segunda e na quarta semana do mês sempre será possível lê-la por aqui. Excepcionalmente nesta semana, por motivos de desencontro maior, seu texto será publicado não na segunda e na quarta semanas, mas sim na terceira e quarta semanas. Se houver novos desencontros, peço ao estimado leitor que não fique raivoso ou triste conosco, afinal, a vida, se for rígida por demais, perde o seu lado aromático.

Gláucia e eu blogamos desde 2002/2003, quando a blogosfera ainda engatinhava no Brasil. Ela, sempre com um humor implacável, com o seu "Mãe 24h" contagiando multidões. Jornalista e mãe, amante de esportes (principalmente Tênis), é um equilibrista das cotidianeidades, uma artista do bem-viver. Falar dessa carioca de corpo e alma é muito fácil e muito difícil. Fácil porque quaisquer adjetivos positivos que se pensar ela tem. Difícil, no entanto, encontrá-los em número suficiente para fazer jus à sua pessoa.

Estou certo de que vocês, queridos leitores, assim como eu, ganharão e muito com a presença da Gláu no Café Alexandrino. Ela conhece muito bem "o lado aromático da vida"!

Glaucinha, obrigado de coração por aceitar o convite! A casa é sua, e, nela, você é livre, assim como seu espírito o é.

Queridos leitores, eis: Gláucia Taricano na sua forma mais original e inusitada de ser!

Um abração a todos!

Com alegria,
Ismael



sexta-feira, 9 de maio de 2008

Colunas

Poesia
menina-moça,
tens dons infindos
– até os anjos sabem.
mas um dos que mais gosto
é essa ligeireza que tens
em me fazer brotar, de súbito,
pingos em minha face petrificada
pela distância-tempo em que fui construído.

somos estalactites e estalagmites
nascidas em tempos remotos
e que hoje, consolidadas, tocam-se
formando esculturas irretocáveis.
habitamos cavernas de sonhos
mergulhamos em mares profundos
– quase virgens – escondidos dos olhos
das multidões atrozes por nos consumir.

és meu paraíso oculto.
não sei o que sou para ti, no entanto.
mas sei, moça-menina,
que sem mim te tornarias perdida
(desabaria!)
e sem ti dificilmente eu existiria
de pé.

Ismael Alexandrino, Bari


Ao som de 'É isso aí' - Ana Carolina & Seu Jorge
Degustando Água gasada com limão
Imagem: 'Estalactites' - Tai KS