Já fui indagado na Academia e na vida cotidiana e profissional do porquê que eu, como médico, acredito em Deus. Segundo o silogismo de quem me indagou, as premissas são que "ser médico é ser cientista, e para ser cientista, não se deve acreditar em Deus".
Ledo engano. Sinto muito em frustrar quem me perguntou. Quanto mais estudo a medicina, a vida, a saúde ou a falta dela, o ser humano, os demais seres viventes, e também os inanimados, quanto mais vivencio o improvável, os milagres, mais acredito em Deus.
Lembro-me de Louis Pasteur: "Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima!"
Tenho o direito de acreditar que exista no mundo algo muito maior, adimensional, transcendente, inexplicável e impressionante, que gerou, deu forma, e rege todas as coisas; as passadas e as que hão de vir; as do Chronos, e as do Kayrós.
Mais que direito, tenho convicção.
E a este ente inexplicável, que muitos chamam de "Energia", eu opto por chamar de Deus. Deus, palavra que em si encerra todo significado. Poeticamente, O Grande Arquiteto do Universo.
É tão espetacularmente simples que chega a ser constrangedor. E não tem a ver só com fé, tem a ver com inteligência, raciocínio organizado, percepção, lucidez. Sou uma das pessoas com menos fé que conheço. "Homem de pequena fé", admito.
O interessante é que a falta de fé não exclui a existência de Deus. Com fé ou sem fé ELE existe, e não depende de confissões, assertivas, constituições, profissões de fé, encíclicas, pregações, crenças, pastorados, mentoriados, ou papados.
Que o amor infinito e sobrenatural de Deus possa nascer em cada coração. Que a paz surpreendente que vem Dele e que excede todo entendimento possa invadir cada célula do seu organismo e dos da sua família.
Desejo que este nascimento em cada ser humano seja constante e intenso.
Feliz nascimento! Feliz natal!
Ismael Alexandrino
Ao som de 'Aria' - Sebastian Bach
Degustando Miolo de Pão Francês
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