Sorrateira tarde
Matreira tarde
Tarde...
Nunca é tarde.
Mão macia, fina
Inicialmente tímida
Lábios entre-abertos
Sorriso pelo meio.
Contemplo-te
- também tímido -
Pela veneziana
Dos meus olhos
Que falam demais.
San Marco inteira nos observa.
Absortos numa luz fugidia
Navegamos por canais exóticos
Contemplando enfeites eróticos
Nas vitrines de máscaras e muranos.
De ímpeto, versos me inundam
De total contentamento.
Entre vozes animadas, cantantes,
O silêncio nos fala
Mais que qualquer enciclopédia
Meramente teórica,
Retórica,
Estóica,
Que a virtude é suficiente
Para a felicidade.
Que os filósofos não me ouçam,
E não digo que a filosofia é vã.
Mas para um poeta,
A felicidade é realismo abstrato,
De sobressalto
Traslada pelos ares bascos
E repousa sonolenta
- porém paciente -
Além do Atlântico,
Algo ansiosa, expectante,
Bocejando lábios de mel,
Há algumas esquinas
Do Parc Guell.
Ismael Alexandrino
Ao som de 'Vivir sin aire' - Maná
Degustando um Chianti Clássico
Matreira tarde
Tarde...
Nunca é tarde.
Mão macia, fina
Inicialmente tímida
Lábios entre-abertos
Sorriso pelo meio.
Contemplo-te
- também tímido -
Pela veneziana
Dos meus olhos
Que falam demais.
San Marco inteira nos observa.
Absortos numa luz fugidia
Navegamos por canais exóticos
Contemplando enfeites eróticos
Nas vitrines de máscaras e muranos.
De ímpeto, versos me inundam
De total contentamento.
Entre vozes animadas, cantantes,
O silêncio nos fala
Mais que qualquer enciclopédia
Meramente teórica,
Retórica,
Estóica,
Que a virtude é suficiente
Para a felicidade.
Que os filósofos não me ouçam,
E não digo que a filosofia é vã.
Mas para um poeta,
A felicidade é realismo abstrato,
De sobressalto
Traslada pelos ares bascos
E repousa sonolenta
- porém paciente -
Além do Atlântico,
Algo ansiosa, expectante,
Bocejando lábios de mel,
Há algumas esquinas
Do Parc Guell.
Ismael Alexandrino
Ao som de 'Vivir sin aire' - Maná
Degustando um Chianti Clássico
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