Café Alexandrino - O lado aromático da vida

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Alguns amigos

Escutei – não lembro onde, nem quando, e nem de quem – que amigo a gente não faz, mas sim os reconhece. Recentemente, reconheci mais um. Que bom que meu álbum tem crescido. Digo álbum porque amigos são como fotografias: para nos dar alegria, basta-nos vê-los, mesmo que rapidamente.

Rubem Alves, na sua sabedoria poética, diz que na companhia do amigo não se precisa conversar, a presença se basta. Há prazer no silêncio. Como me dou bem com o silêncio, amo meus amigos que às vezes me permitem a presença apenas, sem ter que, necessariamente, ficar conversando para preencher os hiatos de tempo e espaço.

Quando morei em Recife, reconheci bons amigos. Dois deles, no entanto, me fazem uma falta tremenda. Claro que os outros também fazem. Eu seria injusto se não reconhecesse a grandeza de suas amizades, dos seus afetos. Mas estes dois eram meus amigos no silêncio, nas imagens. Um deles pude ver no último final de semana. Mergulhamos juntos, com nossas respectivas companhias femininas. O outro, médico dedicado, ficou em São Paulo, o que agravou minha saudade.

Na Itália, principalmente em Bari, um dos meus bons amigos passava horas sem dar um "piu". E quando o fazia era prazeroso. Em Milão, nem tanto; meu colega de quarto tinha a necessidade de conversar. Difícil ser amigo de alguém que não se contenta com a presença, que precisa desesperadamente de falar o tempo todo.

Aos confrades, o apreço. Aos amigos, a estima. Aos irmãos, o carinho. Bons amigos são confrades, amigos e irmãos. Completos. Aos bons amigos, dedico meu apreço, estima e carinho.

Não sei bem porque comecei a escrever este texto. Talvez porque esteja sentindo realmente falta de alguns amigos que estão distantes. Sandro, David, Benhur, Diego, vocês fazem muita falta quando não estão por perto. Espero que estejam sempre bem, felizes, intensos nas suas aspirações cotidianas, do dia-a-dia. Pois neste dia reflexivo, saudoso, sou só saudade de cada um de vocês.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Intuição' - Oswaldo Montenegro
Degustando Ninho Soleil da Nestlé
Imagem: 'Olhando os Alpes Suíços' - Ismael Alexandrino



2 comentários:

Diego Farias disse...

...e ver que um bom amigo seu também te vê como um é bacana demais! É super confortante saber que apesar do tempo q passou e da distancia os laços de amizade permanecem. Nos dias saudosistas saiba que seu amigo aqui também te faz companhia em sentir falta da sua companhia!
Ismaelzão meu querido, um grande abraccio!!!

Gabriela de A.Moura disse...

Amigos nos fazem um bem inesplicável, com eles podemos ser quem realmente somos, sem medo de assustar,é presença confortante!