Café Alexandrino - O lado aromático da vida

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Apologia à cerveja do meio-dia

Crônica

Chico, poeta pernambucano que trouxe à luz do mundo a batida que emanava do mangue, já defendia: "Uma cerveja / antes do almoço / é muito bom / pra ficar pensando melhor". Como que por influência divina, ele ditou, o que já era a muito, provérbio do cotidiano, que se não fosse por desatenção de Abraão, seria o XI mandamento. Esta mera apologia, que não é uma ode por incompetência do autor, vem ao mundo com a vontade de revelar os atributos e graças que a loirinha traz no dia-a-dia de quem desfruta desse néctar.

Quanto mais gelada mais sedutora, convida ao almoço aquele que até então labutava sem descanso. A gelada do meio-dia acalma o nervoso, desperta o sonolento, sacode o preguiçoso, nutre o faminto e dá energia para o fim da jornada que está entre o amanhecer e o crepúsculo que é sempre o último de cada dia.

Melhor, mais útil e importante do que a cerveja do meio-do-dia só a do "happy-hour". Mas essa já é uma outra conversa.

Antonio Moraes Filho


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Imagem: 'Cerveja' - Ricardo Braescher


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