Café Alexandrino - O lado aromático da vida

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dialética do amor maior

Poesia

Quero-te.
Não te quero.

Não te quero
Desde que te tenha.
Quero-te
Quando não a tiver.

Se o querer
For de conjugação à distância
Por vicissitudes da modernidade,
Não te quero nunca.

Mas, se o não te querer
For verbo que se conjuga de ímpeto
Por intrigas comuns da proximidade,
Quero-te como quero a vida.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Have I told you lately that I' - Rod Stewart
Degustando Johnnie Walker Black Label
Imagem:'Pensamentos' - Babi

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá!!! Linda poesia, parabéns!!!!...
Estarei sempre por aqui...
Obrigada por escolher uma foto d minha galeria...
Beijus!
(babi savoini)

Anônimo disse...

Olá poeta!
Veja:
MANIFESTO LIDO POR FERNANDA MATHEUS, UMA JOVEM DA ONG FORÇA ATIVA NO DIA
Nacional de Mobilização Contra a Redução da Maioridade Penal (10.04.07), EM
AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO FEDERAL.
"Violência é estudar em um local que mais parece uma prisão cheia de
grades, cadeados e portões. É estar no Ensino Fundamental e passar de ano
sem saber ler e escrever. É terminar o Ensino Médio sem ter a perspectiva de
entrar na faculdade. Violência é saber que a classe média tem plano de saúde
e hospital particular enquanto nós temos um postinho zoado que, para marcar
consulta, é um sufoco - isso quando tem médico, isso quando não andamos
vários quilômetros e morremos na fila por falta de atendimento e por doenças
que têm cura. Violência é saber que o playboy de porcelana é adolescente
enquanto o menino da periferia de aço é menor, é marginalzinho, é bandido.
Violência é ver os programas de culinária e saber que nunca vamos ter acesso
àquelas comidas. Violência é saber que milhares de pessoas morrem todos os
dias na periferia, seja por doenças que têm cura, seja por mortalidade
infantil, por displicência médica, por homicídio, de fome, de frio, mas só
vira crime hediondo, terrível, horrendo quando morre um da classe média",
protestou Fernanda, arrancando aplausos entusiasmados da platéia.


Achei interessante o texto que recebi, e por bem enviá-lo a você.

Ajudando a abrir os nossos olhos para assim ver melhor este fenômeno que
Fernanda conseguiu traduzir o real conceito de violência a que estão
submetidos as crianças, adolescentes e jovens (e suas famílias) pobres do
nosso país. Imaginem não encontrei este manifesto em nenhum jornal e nem a
TV Globo deu atenção... Não é interessante? Por que será????


ABRAÇO!!

Marianne Sabino disse...

Linda poesia!!! Gostei muito! :D