Crônica
Abobrinhas existem para serem ditas. E tem gente que é especialista em dizê-las. O mundo fashion é recordista em amealhar pessoas com este dom.
Nada melhor que um São Paulo Fashion Week (SPFW) para nos divertir. Lá se vê cada bizarrice... Engraçadas são as caras e bocas, a tara por falar no celular para se sentir importante, a necessidade de ser visto. Só tem gente maquiada e inteligente. Dá gosto ver.
Até o Fantástico, do Pedro Bial, da Glória Maria e do Zeca Camargo estava lá. E sempre muito chique, interativo e contextualizado – claro. Como não poderia ser diferente para ser chique, entrevistou a expert em moda e etiqueta Glória Kalil. A mulher dá cada conselho importante... Quem me dera eu tivesse uma consultora tão gabaritada.
Ela só não é muito familiarizada com a língüa portuguesa. Tudo bem que nossa língua mátria não é lá tão fácil. Mas, sinceramente, acho certos erros uma tremenda falta de etiqueta, e não são nada Chic[érrimos]. São o que chamo de Chic[erros].
A distinta mulher, dentre tantos desvios de concordância até aceitáveis num contexto coloquial, soltou um crasso. Ao comentar que para usar uma calça de cós alto – novamente em moda –, a mulher tem que "ter cintura e não pode ter uma grama de barriga". Que isso, rainha da etiqueta? Quanta deselegância com o bom português!
A palavra ‘grama’, usada no feminino – a grama – significa "capim", "erva". "A vaca ruminava tranqüilamente uma grama verdinha.". Já no sentido de unidade de massa, "peso", o uso correto é no masculino – o grama. "Comprei trezentos gramas de presunto.", e não "trezentas gramas de presunto", como se ouve muito por aí. Portanto, a mulher não pode ter um grama de barriga, e não "uma grama de barriga". A menos que ela esteja querendo dizer que a mulher não pode ter uma moita de capim na barriga. Acho que ela não quis dizer isso, apesar de a moda na passarela ser meio estranha. Tenho minhas dúvidas.
Saber etiqueta é legal, importante. Usá-la oportunamente é plausível. Mas, para ser chique de verdade, faz-se necessário, antes, saber falar corretamente.
Ismael Alexandrino
Nada melhor que um São Paulo Fashion Week (SPFW) para nos divertir. Lá se vê cada bizarrice... Engraçadas são as caras e bocas, a tara por falar no celular para se sentir importante, a necessidade de ser visto. Só tem gente maquiada e inteligente. Dá gosto ver.
Até o Fantástico, do Pedro Bial, da Glória Maria e do Zeca Camargo estava lá. E sempre muito chique, interativo e contextualizado – claro. Como não poderia ser diferente para ser chique, entrevistou a expert em moda e etiqueta Glória Kalil. A mulher dá cada conselho importante... Quem me dera eu tivesse uma consultora tão gabaritada.
Ela só não é muito familiarizada com a língüa portuguesa. Tudo bem que nossa língua mátria não é lá tão fácil. Mas, sinceramente, acho certos erros uma tremenda falta de etiqueta, e não são nada Chic[érrimos]. São o que chamo de Chic[erros].
A distinta mulher, dentre tantos desvios de concordância até aceitáveis num contexto coloquial, soltou um crasso. Ao comentar que para usar uma calça de cós alto – novamente em moda –, a mulher tem que "ter cintura e não pode ter uma grama de barriga". Que isso, rainha da etiqueta? Quanta deselegância com o bom português!
A palavra ‘grama’, usada no feminino – a grama – significa "capim", "erva". "A vaca ruminava tranqüilamente uma grama verdinha.". Já no sentido de unidade de massa, "peso", o uso correto é no masculino – o grama. "Comprei trezentos gramas de presunto.", e não "trezentas gramas de presunto", como se ouve muito por aí. Portanto, a mulher não pode ter um grama de barriga, e não "uma grama de barriga". A menos que ela esteja querendo dizer que a mulher não pode ter uma moita de capim na barriga. Acho que ela não quis dizer isso, apesar de a moda na passarela ser meio estranha. Tenho minhas dúvidas.
Saber etiqueta é legal, importante. Usá-la oportunamente é plausível. Mas, para ser chique de verdade, faz-se necessário, antes, saber falar corretamente.
Ismael Alexandrino
Ao som de 'True Colors' - Phill Collins
Degustando Sorvete de Coco
Imagem:'Carol Bezerra' - Luis Morais
10 comentários:
sempre brilhante! abraço
É, vindo de uma pessoa tao ´fina`, fica engracado mesmo trocar a grama pelo pobre grama da barriga da moca hoho
A Glória Kalil também falou, em dado momento, "Vi ela". Cacofonia pura.
Me lembrei do Enéas...rsrs Definitivamente ele era um professor!
-"Preste atenção doutor... quando você vir esse eletro, atenção: quando você virrrrr e não quando você vierrrr! Vir, futuro do subjuntivo do verbo ver!" rsrs
Abração.
Não qual o pior: errar ou sair catando os equívocos dos outros.
Esconder uma opinião sem justificativa atrás do anonimato...isto, com certeza, é o pior. Abraço.
Puxa amigo! Vc se saiu muito bem na sua defesa. Rsrsrs...
Apesar da matéria não ser recente, senti vontade de comentá-la: achei uma falta de delicadeza do Sr Alexandrino com a Glória Kalil, consultora de moda e não membro da A.B.L. Acho-a muito simples, elegante e simpática.O resto é resto. Fica claro aqui, que aprecio também um Português bem falado e escrito, mas a elegância nas colocações feitas não fica atrás. Não entendi o porquê do assunto. Talvez eu tenha até cometido algum(s) erros gramaticais, mas enfim, também não sou erudita como quer parecer o senhor autor do comentário. Falta matéria? Sinto se fui rude.
Não posso ser incoerente comigo mesma. ADOREI!!
Acho que as pessoas que se expõe, estão passíveis a esse tipo de comentário! Amei tomar café por aqui e com todo prazer, adiciono seu blog na minha lista de favoritos! Tomarei um café por dia e prometo permanecer acordada até as 12h ... beijos e parabéns ;)
concordo plenamente com esse comentário do autor, saber falr corretamente a língua é fundamental!!!!!Principalmente pra quem defende regras de etiquetas!!!!! Falar errado é a pior das gafes!!!!!!
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