Poesia

Agora que não mais
Por te ter a meio palmo de mim,
A limpidez de tua alma cega-me
E perco, momentaneamente, os sentidos.
Ainda ousam profanar-te!
Não posso admitir tal ignomínia.
Recuso-me ser conivente
Com a dessacralização da arte divina
A despeito de não me tornar maior pecador.
Resta-me admirar tua silhueta
Por finito e pouco tempo
Da vida sã que ainda teima errante
Nas minhas entranhas mais remotas
Sem ousar, sequer, um toque.
Vista-se! Estou resoluto.
Proteja-se deste mundo maculado
Que não merece contemplar-te,
Arqueia tuas asas,
E vai.
Ismael Alexandrino
Ao som de 'Little Room' - Norah Jones
Degustando Quinta do Morgado Tinto Suave com Queijos Finos
Imagem:'Coração Espelhado' - A Brito
2 comentários:
Gostei!
Seu Blog é bem aconchegante e cada vez melhor.
Abraço.
Ahh!
Suas músicas são perfeitas pra a leitura. Não acredito q consigo ler e escutar simultâneamente.
hahahha
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