Poesia

Lembro-me do teu carinho
Feito devagarzinho
No canto do meu coração
Esquerdo.
Que doçura
Aquela candura
De sorriso que esboçaste
Direito!
Empreendeste-me cócegas n’alma
Impregnaste-me bendita calma
De que eu, há tempos, precisava.
"Exagero teu! Por que fui tão libertadora?", dirias.
Porque a fuligem ligeira da cidade
Cega-me, sufoca-me, e me aprisiona,
Remete-me – encarcerado –
A um ritmo desumano,
Mortal.
Bendita, pois, és tu entre as flores,
Hortênsia,
Que de bonito azul claro
Minha vida cinza-pálida
Pintaste.
Ismael Alexandrino
Ao som de 'Give me the reason' - Kirk Whalum
Degustando Café com Licor de Amarulas
Imagem:'Hortências azuis' - Antonio Arruda
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