Café Alexandrino - O lado aromático da vida

domingo, 6 de maio de 2007

A Hortênsia, essa flor

Poesia


Lembro-me do teu carinho
Feito devagarzinho

No canto do meu coração

Esquerdo.


Que doçura

Aquela candura

De sorriso que esboçaste
Direito!

Empreendeste-me cócegas n’alma

Impregnaste-me bendita calma

De que eu, há tempos, precisava.


"Exagero teu! Por que fui tão libertadora?", dirias.

Porque a fuligem ligeira da cidade
Cega-me, sufoca-me, e me aprisiona,

Remete-me – encarcerado –

A um ritmo desumano,

Mortal.


Bendita, pois, és tu entre as flores,
Hortênsia,
Que de bonito azul claro
Minha vida cinza-pálida
Pintaste.


Ismael Alexandrino



Ao som de 'Give me the reason' - Kirk Whalum

Degustando Café com Licor de Amarulas

Imagem:'Hortências azuis' - Antonio Arruda

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