Café Alexandrino - O lado aromático da vida

domingo, 4 de novembro de 2007

Sobre a Guerra

Curtas

Quanto mais me incitam à guerra e ao consumo de vida humana, maior impotência tentam me incultar. Refugo, no entanto, Senhores. Debato, esperneio, rasgo-me se preciso for, mas não levantarei minha mão se não for para levantar alguém ou para acariciar um rosto que chora.

Soldados!, Guerrilheiros!, Presidentes!, Ditadores!, Líderes!, farei amor no meio da guerra, já que querem a guerra, e não o amor.

Ismael Alexandrino


Ao som de 'Sunday Bloody Sunday' - U2
Degustando Flores Comestíveis

4 comentários:

Anônimo disse...

Ó Ismael. Só pra te responder à sua inquisição na lista da blogosfera- sim, sou engajado socialmente. Inflizmente, ainda sou um teórico, mas estou dando grandes passos em direção às mudanças práticas. Minha vida teria pouco sentido se me entregasse ao hedonismo. Um abraço e mantenha contato. Se precisar de ajuda para algum projeto social, me chame.

Viscondi disse...

Olá Ismael, antes de mais nada, obrigadão pela visita e pelas palavras elogiosas. É um prazer receber palavras tão doces de pessoa tão especial como você.
Quanto à este seu texto, concordo plenamente. Acredito que quem faz a guerra só tem desejo de poder e dinheiro às custas das vidas alheias. Tolos são aqueles que acreditam e se engajam nesta seara da guerra.
Grande Ideal: viver ao lado dos meus sem desejar o que é dos outros.
um abraço.

Alexandre Hallais disse...

Sobre a guerra...
Pegue uma xícara de café e puxe uma cadeira. Meu avô, meu falecido avô, foi combatente. Esteve na Itália e em outros países. Ele sempre me dizia que a guerra é muito triste e que nunca há vencedores. Ele voltou bem e sem nenhum problema. Ele viu de perto o massacre alemão, ele vivenciou o cheiro de sangue daquela terra. Ele foi condecorado, mas sempre dizia que não dava importância, pois muitos morreram e ele nem sabia quem eram.
Quem são eles? De onde vieram? Será que tem família?

Meu avô morreu, mas ele sempre será meu herói. Sempre defendeu nossa pátria, mas nunca deixou de ser humano. Ele chorava por ter participado desse espetáculo de horror e caos.
Ele dizia: Será que somos capazes de pensar? Eu era pequeno e sentava na perna dele e chorava pela tristeza de sua voz.

Guerra é uma espécie de "rinha" de seres humanos.

Lamentável...

Deixo um abraço com minhas mãos trêmulas, pois detesto guerra.

Fique na paz... Alexandre Hallais

Rui Caetano disse...

A guerra é uma máquina infernal controlada e dominada pelos homens do poder económico. Esta é a minha versão das coisas.