Poesia

Desenfreado desencronto
Encontrava-nos cada vez mais
E nos encontrando todo dia
No café
No almoço
À noitinha
E na madrugada
Distanciávamos.
Juntos, infinitamente distantes,
Morríamos de saudade um do outro
O outro e um de anos atrás
Na praça
Na igreja
À sós
E na casa
Amávamos.
Um esquadro, uma tela,
Empalhada em cores-pastéis
Nosso canto, nossa história
Do mesmo jeito de anos passados
Repousa, adormecido, nosso amor.
Procuro pela indiferença, não a encontro.
Só enxergo a vaidade, o orgulho, o rancor
E muita dor não tratada.
Busco remédio, encontro-o.
E já não estás por perto.
Mas estou certo de que guardado
Respira o nosso amor.
Tempos áureos – belo!
Hiato de tempo – maldito e necessário.
Tempos Idos – por certo!
Tempos Idos? – perto e imaginário.
Ismael Alexandrino
Ao som de 'Sedução' - Ido Alves
Degustando Trufas de Morango
Imagem: 'Divorced Family' - Carla Golembe
3 comentários:
Brother,
Tudo na paz?
Pode providenciar a xícara de café que eu levo o pão. Eu estava me referindo ao seu blog.
Desculpe por não pedir autorização, tá?
Não li ainda os teus textos, mas vou voltar mais vezes e prometo ler.
Está convidado para ir até o Casulo quando quiser.
Abração e fique na paz.
Saudades imensas daqui..bjs
Volte sempre, Drika!
Será sempre bem-vinda! Sabes disso.
Abração.
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