Café Alexandrino - O lado aromático da vida

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Tempos Idos

Poesia


Desenfreado desencronto
Encontrava-nos cada vez mais
E nos encontrando todo dia
No café
No almoço
À noitinha
E na madrugada
Distanciávamos.

Juntos, infinitamente distantes,
Morríamos de saudade um do outro
O outro e um de anos atrás
Na praça
Na igreja
À sós
E na casa
Amávamos.

Um esquadro, uma tela,

Empalhada em cores-pastéis
Nosso canto, nossa história
Do mesmo jeito de anos passados
Repousa, adormecido, nosso amor.

Procuro pela indiferença, não a encontro.
Só enxergo a vaidade, o orgulho, o rancor
E muita dor não tratada.
Busco remédio, encontro-o.
E já não estás por perto.
Mas estou certo de que guardado

Respira o nosso amor.

Tempos áureos – belo!
Hiato de tempo – maldito e necessário.

Tempos Idos – por certo!
Tempos Idos? – perto e imaginário.

Ismael Alexandrino



Ao som de 'Sedução' - Ido Alves
Degustando Trufas de Morango
Imagem: 'Divorced Family' - Carla Golembe

3 comentários:

Alexandre Hallais disse...

Brother,
Tudo na paz?

Pode providenciar a xícara de café que eu levo o pão. Eu estava me referindo ao seu blog.
Desculpe por não pedir autorização, tá?

Não li ainda os teus textos, mas vou voltar mais vezes e prometo ler.

Está convidado para ir até o Casulo quando quiser.

Abração e fique na paz.

Anônimo disse...

Saudades imensas daqui..bjs

Ismael Alexandrino disse...

Volte sempre, Drika!

Será sempre bem-vinda! Sabes disso.

Abração.